Introdução
Em 1996, a Game Freak conquistou o mundo com o jogo Pokémon Red and Blue, lançado para Game Boy. Fazendo a cabeça de milhões de pequenos jogadores ao redor do mundo, o gênero RPG se tornou ainda mais popular com os elementos Pet-Raising provenientes de jogos da franquia. É claro que a Sony também queria abocanhar uma parcela desse sucesso todo. Em resposta a todo esse sucesso, a Sony queria ter o seu próprio Pokémon. Após uma engenhosa campanha de marketing, a produtora Bandai conseguiu uma licença exclusiva da marca Digimon para começar a produzir games relativos ao desenho nos videogames. E o primeiro jogo da franquia viria com exclusividade ao Playstation, em 1999. Em 3D, com novas opções e ainda mais Pet-Raising, Digimon World tentou repetir o sucesso de Pokémon Red and Blue no Playstation. Será que conseguiu?
DIGIMON WORLD
Informações técnicas
Publicado por: Bandai
Desenvolvido por: Bandai
Gênero: Pet-Raising Role-Playing Game
Plataforma: Playstation
Data de lançamento: 28 de janeiro de 1999
Faixa etária: Teen
Sobre a história (contém spoilers)
A história se passa em torno de um garoto japonês chamado basicamente como Hiro, que significa herói, por pura falta de criatividade. Vejam como ele é:
Bem, Hiro é um aficionado por digimons que tem um daqueles tamagochis que rodam um joguinho de disputa. Tudo estava normal na vida dele até que, um dia, ele retorna para casa e vê um bilhete da mãe dele dizendo que foi fazer compras. Tudo bem, não tem nada de anormal nisso, mas, ele vê uma luz estranha vindo do quarto, e, quando ele chega ao quarto, ele vê que o tamagochi dele está ligado sozinho. E mais que isso: tem um digimon que está chamando o rapaz para o mundo digimon. Sem que o garoto possa fazer nada, ele é sugado para dentro do tamagochi.
Indo parar dentro do mundo digimon, Hiro é recepcionado por vários digimons, entre eles o aparente líder da cidade de File City, o Jijimon.
Bem, Jijimon explica para Hiro que ele foi invocado ali para salvar o mundo digimon. Aparentemente, alguma coisa misteriosa está acontecendo, e transformando os então pacíficos digimons em seres desprezíveis, ferozes, violentos e cruéis. Ele entrega a Hiro um digimon iniciante e o convence a sair por aí enfrentando esses digimons. Além de derrotar os digimons malvados, Hiro ainda tem a missão de convencer esses digimons a se mudarem para File City, onde eles podem abrir algum tipo de estabelecimento e reanimar a cidade.
Assim, Hiro vai passeando pelo mundo digimon, encontrando um monte de personagens famosos dos desenhos. Alguns ele recruta, outros ele apenas pede ajuda e a grande maioria ele derrota em batalha. Em cada novo local, Hiro vai completando suas side-quests, e com isso recrutando novos digimons. Sempre, em cada dungeon, após alguma batalha, se libera um novo local para ir. É muito difícil explicar diretamente o que acontece, pois é bem inconstante, e não há uma ordem fixa de fatos. Basicamente, Hiro vai libertando vários digimons que sofreram lavagem cerebral por algum motivo.
Vou apontar aqui alguns dos digimons que contribuem para a trama (veja bem, não mostraremos todos, até porque são 50, e sim apenas aqueles que julgarmos necessário):
Um dos primeiros digimons que podemos encontrar é o Agumon. Após ser derrotado, ele abre um depósito de itens na cidade.
Outro digimon muito útil a princípio é o Palmon, que abre uma fazenda de carne (???) na parte de trás da casa de Jijimon, e nos fornece comida de graça todos os dias.
Drimogemon é um digimon que também aparece muito cedo. Ele nos oferece um emprego de carregador de terra e cava diversos buracos que nos permite acessar novas áreas. Ao ser recrutado, ele abre uma loja de caçar tesouros (?).
Esse digimon que parece o esqueleto de um peixe é Coelamon. Ele ajuda Hiro servindo como "ponte" para uma ilha vizinha. Quando recrutado, ele abre uma loja de itens.
Esse é um dos primeiros "vilões" que encontramos. Meramon está enfurecido, e disposto a destruir tudo causando uma erupção no vulcão local. Hiro consegue detê-lo, e então ele fica bonzinho e decide abrir um restaurante na cidade...
Centarumon guarda uma floresta com um quebra-cabeça esquisito. Após ser derrotado, ele se rende e vai para a cidade abrir uma clínica e trabalhar como médico.
Ogremon aparece como líder de uma gangue de bandidos da pesada, que aterroriza uma área de File Island. Após ser derrotado dentro de sua própria base secreta, ele corre para outras áreas, e, se for derrotado diversas vezes, ele decide largar a vida do crime e passa a patrulhar File City.
Leomon é um patrulheiro da justiça, um protetor dos fracos e dos oprimidos. Seu maior objetivo é encontrar uma placa antiga que pertencia aos seus ancestrais. Ele não faz muita coisa, e, mesmo quando recrutado, ele continua sendo um inútil.
Birdramon é uma excelente aquisição. Ela primeiramente ataca quando vê seu ninho invadido, mas, posteriormente, ela é recrutada e auxilia com o transporte rápido e imediato para algumas regiões mais afastadas do game.
Esse daqui aparece do nada e ataca nosso grupo. Greymon é um poderoso oponente, e, quando derrotado, ele cria uma arena de torneios bem eficiente para treinar nossos digimons e ganhar prêmios.
Shellmon se encontra presa em uma determinada área. Após ser resgatada (Hiro não faz muita coisa, mas beleza), ela cria um jornal de fofocas e notícias em File City.
KingSukamon é um digimon teoricamente feito de fezes digitais, então que lugar melhor para ele do que uma cidade de lixo? Ele ajuda Hiro desdigivolvendo qualquer Sukemon que você possa ter criado por engano (o que é ótimo). Ele não pode ser recrutado, no entanto.
Angemon foi transformado em uma estátua por forças malignas. Após ser resgatado e recrutado, Angemon passa a auxiliar na busca por novos digimons que podem ser recrutados.
Whamon pede a ajuda de Hiro para livrar a casa dele do ataque da gangue de Ogremon. Após ser ajudado, ele nos ajuda com o transporte para algumas regiões inacessíveis de outra forma.
Esse digimon, apesar de parecer idiota, é bem útil. ShogunGekomon ajuda Hiro enfeitiçando-o com uma magia que o protege contra o poder místico de uma névoa poderosa. Não pode ser recrutado.
A exemplo de ShogunGekomon, esse digimon nos ajuda tirando a névoa poderosa da floresta que ele protege, nos possibilitando passagem a novas áreas. Não pode ser recrutado.
Andromon trabalha na fábrica local. Ele se recusa a nos ajudar, alegando que está tudo sob controle, mas então ele percebe que a fábrica está fora de controle e poluindo File Island. Ele percebe seu erro e tenta consertar tudo.
Giromon é o ser responsável por fazer funcionar as engrenagens da fábrica da cidade. Só que ele se encontra fora de controle, destruindo todos os computadores. Após ser derrotado, ele pode ser recrutado, e então ele trabalha em uma caixinha de música na cidade.
Por fim, depois que Hiro consegue recrutar um número suficiente de digimons, eis que aparece, do nada, a entrada para a Mount Infinity, onde se encontra o último vilão. Hiro é atacado, do nada, por um Airdramon, que tenta impedi-lo de entrar em Mount Infinity.
Hiro entra no local e luta com uma série de oponentes, até conseguir, por fim, chegar a uma sala onde ele encontra um homem chamado Analogman.
Analogman é o vilão da história. Ele diz que planejou todo esse caos em meio a File Island justamente para poder destruir o mundo digimon. Os motivos dele? Ele acha que os digimons devem ser escravos dos seres humanos, pois eles são inferiores. Sim, é esse o motivo, tosco desse jeito.
Hiro consegue derrotar Analogman e o seu digimon (que, injustamente, é o único em nível mega do jogo inteiro, o Machinedramon.
Após Analogman ser derrotado, por algum motivo que eu não consegui identificar até hoje, o Mount Infinity começa a tremer. Airdramon aparece para salvar o dia, e cria um portal que leva Hiro e seu digimon para fora dali. Analogman aparentemente morre na explosão.
Sem nenhum vilão para botar terror, File Island está em paz novamente. Todos agradecem a ajuda de Hiro, que diz que tem de voltar para casa, ou a sua mãe ficará preocupada (porque será, né? Ele passou semanas fora de casa e nem deixou recado!). Ele consegue voltar ao mundo real, e, aparentemente, bem a tempo de ver a sua mãe voltar do supermercado. E acaba aí a história. Fim.
Bem, Hiro é um aficionado por digimons que tem um daqueles tamagochis que rodam um joguinho de disputa. Tudo estava normal na vida dele até que, um dia, ele retorna para casa e vê um bilhete da mãe dele dizendo que foi fazer compras. Tudo bem, não tem nada de anormal nisso, mas, ele vê uma luz estranha vindo do quarto, e, quando ele chega ao quarto, ele vê que o tamagochi dele está ligado sozinho. E mais que isso: tem um digimon que está chamando o rapaz para o mundo digimon. Sem que o garoto possa fazer nada, ele é sugado para dentro do tamagochi.
Indo parar dentro do mundo digimon, Hiro é recepcionado por vários digimons, entre eles o aparente líder da cidade de File City, o Jijimon.
Bem, Jijimon explica para Hiro que ele foi invocado ali para salvar o mundo digimon. Aparentemente, alguma coisa misteriosa está acontecendo, e transformando os então pacíficos digimons em seres desprezíveis, ferozes, violentos e cruéis. Ele entrega a Hiro um digimon iniciante e o convence a sair por aí enfrentando esses digimons. Além de derrotar os digimons malvados, Hiro ainda tem a missão de convencer esses digimons a se mudarem para File City, onde eles podem abrir algum tipo de estabelecimento e reanimar a cidade.
Assim, Hiro vai passeando pelo mundo digimon, encontrando um monte de personagens famosos dos desenhos. Alguns ele recruta, outros ele apenas pede ajuda e a grande maioria ele derrota em batalha. Em cada novo local, Hiro vai completando suas side-quests, e com isso recrutando novos digimons. Sempre, em cada dungeon, após alguma batalha, se libera um novo local para ir. É muito difícil explicar diretamente o que acontece, pois é bem inconstante, e não há uma ordem fixa de fatos. Basicamente, Hiro vai libertando vários digimons que sofreram lavagem cerebral por algum motivo.
Vou apontar aqui alguns dos digimons que contribuem para a trama (veja bem, não mostraremos todos, até porque são 50, e sim apenas aqueles que julgarmos necessário):
Um dos primeiros digimons que podemos encontrar é o Agumon. Após ser derrotado, ele abre um depósito de itens na cidade.
Outro digimon muito útil a princípio é o Palmon, que abre uma fazenda de carne (???) na parte de trás da casa de Jijimon, e nos fornece comida de graça todos os dias.
Drimogemon é um digimon que também aparece muito cedo. Ele nos oferece um emprego de carregador de terra e cava diversos buracos que nos permite acessar novas áreas. Ao ser recrutado, ele abre uma loja de caçar tesouros (?).
Esse digimon que parece o esqueleto de um peixe é Coelamon. Ele ajuda Hiro servindo como "ponte" para uma ilha vizinha. Quando recrutado, ele abre uma loja de itens.
Esse é um dos primeiros "vilões" que encontramos. Meramon está enfurecido, e disposto a destruir tudo causando uma erupção no vulcão local. Hiro consegue detê-lo, e então ele fica bonzinho e decide abrir um restaurante na cidade...
Centarumon guarda uma floresta com um quebra-cabeça esquisito. Após ser derrotado, ele se rende e vai para a cidade abrir uma clínica e trabalhar como médico.
Ogremon aparece como líder de uma gangue de bandidos da pesada, que aterroriza uma área de File Island. Após ser derrotado dentro de sua própria base secreta, ele corre para outras áreas, e, se for derrotado diversas vezes, ele decide largar a vida do crime e passa a patrulhar File City.
Leomon é um patrulheiro da justiça, um protetor dos fracos e dos oprimidos. Seu maior objetivo é encontrar uma placa antiga que pertencia aos seus ancestrais. Ele não faz muita coisa, e, mesmo quando recrutado, ele continua sendo um inútil.
Birdramon é uma excelente aquisição. Ela primeiramente ataca quando vê seu ninho invadido, mas, posteriormente, ela é recrutada e auxilia com o transporte rápido e imediato para algumas regiões mais afastadas do game.
Esse daqui aparece do nada e ataca nosso grupo. Greymon é um poderoso oponente, e, quando derrotado, ele cria uma arena de torneios bem eficiente para treinar nossos digimons e ganhar prêmios.
Shellmon se encontra presa em uma determinada área. Após ser resgatada (Hiro não faz muita coisa, mas beleza), ela cria um jornal de fofocas e notícias em File City.
KingSukamon é um digimon teoricamente feito de fezes digitais, então que lugar melhor para ele do que uma cidade de lixo? Ele ajuda Hiro desdigivolvendo qualquer Sukemon que você possa ter criado por engano (o que é ótimo). Ele não pode ser recrutado, no entanto.
Angemon foi transformado em uma estátua por forças malignas. Após ser resgatado e recrutado, Angemon passa a auxiliar na busca por novos digimons que podem ser recrutados.
Whamon pede a ajuda de Hiro para livrar a casa dele do ataque da gangue de Ogremon. Após ser ajudado, ele nos ajuda com o transporte para algumas regiões inacessíveis de outra forma.
Esse digimon, apesar de parecer idiota, é bem útil. ShogunGekomon ajuda Hiro enfeitiçando-o com uma magia que o protege contra o poder místico de uma névoa poderosa. Não pode ser recrutado.
A exemplo de ShogunGekomon, esse digimon nos ajuda tirando a névoa poderosa da floresta que ele protege, nos possibilitando passagem a novas áreas. Não pode ser recrutado.
Andromon trabalha na fábrica local. Ele se recusa a nos ajudar, alegando que está tudo sob controle, mas então ele percebe que a fábrica está fora de controle e poluindo File Island. Ele percebe seu erro e tenta consertar tudo.
Giromon é o ser responsável por fazer funcionar as engrenagens da fábrica da cidade. Só que ele se encontra fora de controle, destruindo todos os computadores. Após ser derrotado, ele pode ser recrutado, e então ele trabalha em uma caixinha de música na cidade.
Por fim, depois que Hiro consegue recrutar um número suficiente de digimons, eis que aparece, do nada, a entrada para a Mount Infinity, onde se encontra o último vilão. Hiro é atacado, do nada, por um Airdramon, que tenta impedi-lo de entrar em Mount Infinity.
Hiro entra no local e luta com uma série de oponentes, até conseguir, por fim, chegar a uma sala onde ele encontra um homem chamado Analogman.
Analogman é o vilão da história. Ele diz que planejou todo esse caos em meio a File Island justamente para poder destruir o mundo digimon. Os motivos dele? Ele acha que os digimons devem ser escravos dos seres humanos, pois eles são inferiores. Sim, é esse o motivo, tosco desse jeito.
Hiro consegue derrotar Analogman e o seu digimon (que, injustamente, é o único em nível mega do jogo inteiro, o Machinedramon.
Após Analogman ser derrotado, por algum motivo que eu não consegui identificar até hoje, o Mount Infinity começa a tremer. Airdramon aparece para salvar o dia, e cria um portal que leva Hiro e seu digimon para fora dali. Analogman aparentemente morre na explosão.
Sem nenhum vilão para botar terror, File Island está em paz novamente. Todos agradecem a ajuda de Hiro, que diz que tem de voltar para casa, ou a sua mãe ficará preocupada (porque será, né? Ele passou semanas fora de casa e nem deixou recado!). Ele consegue voltar ao mundo real, e, aparentemente, bem a tempo de ver a sua mãe voltar do supermercado. E acaba aí a história. Fim.
Sobre o jogo
Digimon World é um Pet-Raising RPG. Você sabe o que é um Pet-Raising RPG? Pet-Raising significa criação de bichinhos, e indica que, no decorrer desse jogo, você estará domando e criando outros seres. No caso, é claro, são Digimons. Você deve cuidar e tratar de seus animais, pois eles são úteis para o jogo, como, por exemplo, em batalhas. Por isso, se trata de um Pet-Raising RPG: é um RPG comum, só que, ao invés de seu personagem sair dando porrada nos oponentes, ele tem de domesticar digimons para que lutem por ele. Exatamente como pokémon faz, só que com digimons.
Aliás, permita-me me redimir aqui: Digimon World NÃO é como pokémon. Está longe, muito longe, tão longe quanto Mortal Kombat consegue ser de Street Fighter, talvez até mais. A Bandai teve o capricho de não se deixar levar pela fórmula exata do sucesso aplicado por pokémon, e tentou explorar elementos que não foram lá muito bem explorados na franquia rival. E por isso, ela merece aplausos. Pelo menos, ela se recusou a repetir a fórmula do sucesso e tentou se consagrar de uma forma diferente.
Mas em quê Digimon World se difere de Pokémon Red and Blue? Simples. Digimon World se foca nos elementos Pet-Raising. Enquanto Pokémon Red and Blue possui poucos elementos, e tão leves que muitos nem sabem que o game é de fato um Pet-Raising, Digimon World deixa claro sua formação. No jogo da Bandai, o jogador é convidado a domesticar e criar um digimon, desde o nascimento até o seu estágio mais avançado de evolução. Temos de alimentá-lo, levá-lo ao banheiro, treiná-lo, ensinar-lhe novas técnicas, ensiná-lo a lutar, fazer carinho, brigar com ele quando necessário, enfim, fazer de tudo para que nosso bichinho seja o melhor digimon possível. Trata-o bem, e ele será feliz e digivoluirá para um digimon forte. Trate-o mal, e ele poderá morrer, ou mesmo digivolver para um digimon bem mais fraco do que poderia ser. Ou seja: o desempenho dele depende de sua habilidade como treinador. Mime seu digimon, e ele poderá lhe desobedecer em batalha. Seja rígido demais, e ele ficará infeliz e não se desenvolverá direito. É quase como criar o seu cachorrinho, ou gatinho, dentro de casa.
Nem preciso ressaltar o quanto isso se difere de Pokémon Red and Blue. No jogo da Nintendo, esse tipo de envolvimento com nossos bichinhos nem existe. Não podemos interagir de forma alguma com nosso pokémon. Porém, em Digimon World, a interação é crucial. O jogador vai dedicar uma boa parte do jogo apenas treinando seu digimon para que ele fique mais e mais forte. Levando em consideração que a força de um digimon não se encontra apenas no dano causado por seus ataques, muita atenção tem de ser dada ao modo como o digimon é tratado. Há duas barras do qual temos de nos ater: a barra de felicidade e a de disciplina. Manter um equilíbrio entre essas duas barras é uma das tarefas que mais vai dar dor de cabeça aos treinadores iniciantes.
Verdade seja dita: não é nada fácil treinar um digimon. Trata-se de uma tarefa pouco empolgante. No começo, até pode ser interessante pela novidade, mas, depois de um tempo, começa a encher o saco. O jogador logo começa a perder a paciência tendo de sair de um templo repleto de inimigos só para levar o digimon ao banheiro, ou para ter de comprar alguma coisa para ele comer. Mas, é algo que se acostume, e, além disso, essa parte nem é a pior. A pior parte, sem dúvida, é quando colhemos o resultado de nossas ações. Afinal, não há um indicativo sobre como estamos tratando o nosso digimon, se está bem ou não. As barras de felicidade e disciplina apenas nos concedem uma visão superficial, e, no fundo, o jogador pode estar fazendo tudo errado. E isso interfere na digivolução.
Digivolução é como se chama a evolução de um digimon para outro superior. Diferentemente do desenho, cada digimon não possui a sua digivolução correspondente. Há uma gama de digimons para qual o nosso digimon básico pode digivolver. Mesmo que isso não tenha nada, mas nada mesmo, a ver com o desenho, um digimon do tipo planta pode digivolver para um do tipo fogo, ou vice-versa. Bem estranho, mas foi a forma que os produtores encontraram para permitir que o jogador controle diversos digimons no decorrer do jogo. Afinal, você só pode ter um único digimon com você. Gostou do que tem? Que bom, pois não tem nenhuma forma de trocar. Só digivolvendo.
Esse é o problema no qual me referi anteriormente. O fator que vai definir para qual digimon o seu vai digivoluir é o modo como ele é tratado, e algumas características básicas. Digimons bem tratados digivoluem para outros mais fortes. Se você treinar mais o ataque de um digimon, terá uma digivolução diferente do que se você tivesse treinado mais a defesa, ou a agilidade, ou a inteligência. Enfim, não tem como prever para qual digimon o seu irá digivoluir. É torcer para ser um que seja forte, e, se não for... Bem, só lhe resta aceitar e torcer para que, da próxima vez, tenha melhor sorte.
Você terá diversas possibilidades de digivolução Isso porque cada digimon possui um tempo de vida. Após um tempo (que é marcado como "dias" no jogo), o digimon morre instantaneamente, de velhice, e sem aviso prévio. Ao morrer, o digimon vira um ovo, e temos de cuidar dele desde o começo, tudo de novo... Essa novidade nos traz dois pontos, um positivo e um negativo. O positivo é que, recomeçando, temos a chance de conseguir treiná-lo melhor do que fizemos da última vez. O negativo é que isso é uma droga, pois estaremos fadados a um digimon fraco e inútil por um bom tempo, até que ele tenha condições de lutar decentemente.
Quase todos os digimons que você vê no desenho estão aqui, para a alegria dos digi-fanáticos. É claro que não tem espaço para todos os bichinhos do desenho, porque são muitos, mas os principais estão aqui. Se você curte ou já assistiu o desenho, deve se lembrar de Agumon, Gabumon, Greymon, Kabuterimon, Devimon, Palmon, Patamon, Devimon, Birdramon, Leomon ou Sukamon, não é? Estão todos aqui. Alguns podem ser controlados por você, enquanto outros apenas irão contribuir de alguma forma para a sua evolução no decorrer da jornada.
O jogo possui uma passagem de tempo realista. Um relógio no canto superior esquerdo da tela mostra o horário, que é dividido em três períodos: noite, amanhecer, tarde e anoitecer. Acompanhar o período do dia é importante por diversos motivos. Alguns digimons possuem hábitos diurnos, ou seja, dormem à noite, enquanto outros possuem hábitos noturnos e dormem de dia. Andando pelas fases, encontraremos digimons diferentes de dia do que encontramos à noite. Até mesmo algumas lojas e alguns locais só abrem de dia, ou de noite, e alguns personagens só aparecem em um período também. Acompanhe sempre a hora.
O objetivo do jogo é recrutar novos digimons. Atenção: não é como Pokémon, no qual capturamos os digimons e eles passam a fazer parte de nosso grupo seleto de lutadores, controláveis e disponíveis para batalha. Não, não. Quando recrutamos um digimon, ele passa a morar na cidade, e só. Alguns chegam a trabalhar indiretamente para nós, seja fornecendo produtos, vendendo coisas, organizando torneios, abrindo acesso a novas áreas, promovendo viagens ou coisas do tipo. Alguns apenas decoram a cidade, e uns poucos não servem para nada (apenas para fazer número). O único digimon que podemos controlar de fato é o nosso, e mais nenhum! Para recrutar os outros digimons, temos de fazer uma série de coisas. Há 50 digimons para serem recrutados, e cada um deles exige alguma coisa. Alguns desses digimons exigem que você apenas converse com eles. Outros exigem que você lhes traga um item específico, ou complete uma side-quest, ou o vença em algum tipo de mini-game. Cabe a você encontrar os digimons que precisa recrutar (alguns serão bem difíceis), e fazer o que for preciso para recrutá-los. Às vezes, receberá missões a cumprir, e essas missões quase sempre terminam no recrutamento de algum novo digimon.
Para encontrar os digimons, temos de nos aventurar pelas fases. Quanto mais avançamos, mais fases se tornam disponíveis. Há todo tipo de local: vulcões, cavernas, florestas, praias, templos, castelos, cidades e afins. É incrível ver como o mundo do game foi criado baseado na personalidade de cada digimon, e de uma forma tão distinta que parece bem real mesmo. Muito bacana.
Avançando pelos cenários, o personagem encontra digimons inimigos. Ele pode desviar, mas, se entrar em contato com eles, terá de enfrentá-los. Na maioria das vezes, é muito melhor fugir das batalhas, apesar de que as lutas são uma excelente forma de melhorarmos nosso digimon. Vamos falar, então, do sistema de batalha. As minhas principais críticas vão para esse sistema de batalha, que é estranhamente frustrante. Vamos lá: o jogador não tem controle nenhum sobre o seu digimon. O seu bichinho está lá, livre e solto para fazer o que quiser contra o oponente dele. O máximo que você pode fazer é gritar alguns comandos, como "ataque", ou "defenda-se". Veja bem: gritar o comando não é garantia de que o seu digimon vá lhe obedecer. Você pode mandar seu digimon atacar e ele ficar parado. Ou, mandar ele se defender e ele resolver atacar. Aliás, não é bem "pode acontecer", está mais para "é o mais provável". Afinal, seu digimon nunca obedece prontamente suas ordens, e isso torna a luta quase que uma roleta. Vai da sua sorte a vitória. Se o seu digimon estiver a fim de lhe obedecer, sorte dele. Se não, desculpe, mas já era. Não será raro ver o seu digimon morrer para um oponente bem inferior a ele simplesmente porque ele ficou parado olhando pra cima.
Dá muita raiva isso. Ah, e nem comentei que esses comandos do qual falei, de atacar e defender, sequer estão disponíveis desde o começo. É preciso longos e longos minutos de treinamento para conseguir ensinar pelo menos isso ao seu digimon. Se não, terá de se contentar com o básico "faça o que der na telha", o que, convenhamos, é o mesmo que pedir para seu digimon se suicidar aos poucos. Eu consigo entender a intenção da Bandai, de valorizar o treinamento e o domínio sobre seu digimon, mas esse método de luta é ruim demais! É o fim da picada ver seu digimon parado sem lhe obedecer enquanto o oponente bate e bate repetidas vezes, sem poder fazer nada para ajudar. A intenção de terem escolhido esse tipo de jogabilidade é porque ela se assemelha à jogabilidade dos mini-games portáteis de digimon, que são uma febre no Japão. Esse modo de luta até funciona bem no pequenos tamagochis, porém, a transição dessa os consoles ficou ruim demais. É péssimo, é angustiante.
Problemas à parte, o sistema de luta faz jus ao nome de RPG. Afinal, é muito semelhante aos combates normais de RPG: tomada de estratégia, e tal. A questão do elemento do digimon influi bastante: digimons de fogo sempre terão vantagem contra digimons de gelo, e levam desvantagem contra digimons de água, e assim por diante. Portanto, tomar estratégias é fundamental. Além dos ataques convencionais, há ainda ataques especiais, que podem causar efeitos no adversário, como envenená-los, deixá-los imobilizados, atordoados ou mesmo com a performance reduzida. Tudo que estamos acostumados a ver nos RPGs tradicionais.
O jogo em si é o que podemos chamar de não-linear. O jogo nos dá liberdade, desde o princípio, para fazer o que der na telha, e isso é muito bom. Há várias áreas para explorar, e o jogador não é impulsionado a fazer nada. Não há uma ordem específica de coisas a fazer. Em cada área, há digimons para recrutar. Você pode ir para alguns locais, e ignorar outros. É possível fechar o game sem sequer ter visitado algumas áreas, e isso é algo que merece ser mencionado. A falta de linearidade pode deixar alguns jogadores iniciantes perdidos a princípio, mas isso valoriza muito a exploração. É preciso visitar algumas áreas primeiro, pois elas abrem passagem para outras áreas, porém não há qualquer tipo de ordem pré-determinada de locais para explorar, cabendo diretamente ao jogador. Eu gostaria de ver isso em outros RPGs, sem dúvida.
Além disso, outra coisa que não poderia faltar em um RPG são os mini-games. Há diversos mini-games, no jogo, e eles são interessantes o bastante para não botar defeito. Podemos pescar, bancar o vendedor, participar de torneios, jogar esportes estranhos, e várias outras coisas. Vale a pena curtir cada um dos mini-games disponíveis. Um dos mini-games é colecionar cartas. São 66 cartinhas colecionáveis, que podemos conseguir com batalhas, comprando pacotinhos ou mesmo realizando algumas missões. Não há nada a ganhar colecionando essas cartinhas decoradas, mas é um passatempo interessante.
Outra coisa que pode agradar os apaixonados por desafios são as medalhas. Há 15 medalhas que são fornecidas àqueles que realmente se dedicaram no jogo, e todas são difíceis de se conseguir. As medalhas premiam coisas como: ter encontrado todos os digimons recrutáveis, ter colecionado todas as cartas, ter treinado todo tipo de digimon, ter vencido todos os torneios, enfim, tem muito mais. Essas medalhas não fornecem nenhum tipo de prêmio, mas servem para você mostrar aos amigos o quão você consegue ser bom no jogo.
Ah, e por falar em amigo, não podemos esquecer o modo versus. Sim, Digimon World possui um modo versus. A exemplo da febre que se tornou o modo versus de Pokémon Red and Blue, no qual dois jogadores linkavam seus Game Boys e lutavam um contra o outro, aqui o princípio é o mesmo. Cada jogador pode registrar seus digimons mais fortes dentro do memory card. Então, basta levar seu memory card aonde for, e desafiar os seus amigos. Você pode entrar em um interessante modo versus lutando os seus digimons contra os dele, bem como dentro do jogo. Vale a pena para passar o tempo. Afinal, depois de treinar seu digimon ao máximo possível, por muito e muito tempo, tem de haver uma forma de podermos nos vangloriar por isso, não é? E tem jeito melhor do que mostrando aos amigos o quanto o seu digimon é mais forte do que o deles?
Tem mais uma coisa que tem de ser dita. Quando eu digo que o jogo é difícil, é porque é mesmo. Sem dúvida, Digimon World não é para qualquer um. Trata-se de um jogo complicado que apenas agrada àqueles que realmente têm paciência para cuidar de seus digimons. É preciso ter muita paciência e muito auto-controle, e gostar de ficar parado no mesmo local por horas, só treinando e domesticando seu bichinho. O resultado pode ser satisfatório, como pode não ser, e isso depende do fator sorte e, mais do que tudo, de determinação. Jogadores pacientes e experientes não encontrarão problemas para digivolver seus digimons ao estágio mais alto e mais poderoso rapidamente, enquanto os mais impacientes, novatos e nervosos encontrarão tanta dificuldade que irão desistir antes da segunda tentativa. Sem contar que o fato de que não ter conhecimento acerca dos digimons pode dificultar ainda mais o seu prosseguir no jogo. E esse é o meu aviso para você: se você não suporta os digimons, não tem paciência e quer um jogo rápido, chegue nem perto desse game, pois ele terá pouco a lhe oferecer. Considere-se avisado.
Minha análise do jogo
Gráficos
Os gráficos de Digimon World são coloridos e bons de se ver. Não são estupendos, mas são acima da média. Os cenários do jogo foram bem concebidos, e estão detalhados e vastos. Os digimons foram programados de forma básica, mas a riqueza de detalhes na movimentação deles, cada um com sua particularidade específica, merece ser mencionada. Ficou bem bacana a modelagem da maioria dos digimons, sendo poucos os casos em que ficou meio esquisito. As animações em CG não impressionam, mas também não fazem feio. Os efeitos de algumas magias e poderes poderiam ter sido mais incrementados, para que ficassem melhores e mais realistas, também. No todo, empenho considerável da Bandai com os gráficos.
● Nota pessoal: 3/5 (Empenho Considerável)
Som
O desempenho sonoro de Digimon World é bom, mas não tanto. As músicas do jogo não são ruins, apenas não são boas o bastante. Algumas músicas locais são interessantes de se ouvir e passam bem a sensação do ambiente, mas outras são básicas, repetitivas e não atraem. Enfim, as músicas poderiam ter sido bem melhor selecionadas. O jogo possui trabalho de dublagem, razoável para se dizer o mínimo, e cada digimon também possui seu som caraterístico. Os sons que rolam no ambiente, de passos, efeitos e poderes diversos, também não são ruins, mas, novamente, não impressionam. A Bandai fez apenas o seu trabalho, sem grandes inovações nesse quesito, mas com qualidade, e merece um desempenho considerável.
● Nota pessoal: 3/5 (Empenho Considerável)
Jogabilidade
Na jogabilidade, se encontra a grande maioria dos problemas que podemos constatar no jogo. Quanto à movimentação normal do personagem e tal, aí não encontramos nada de grave, mas, quando entramos em batalha... Digimon World possui um dos piores sistemas de batalha que eu já pude presenciar em um jogo de videogame. Sério. As batalhas são resolvidas na pura sorte, pois o jogador não possui nenhum tipo de controle sobre a criatura. Você grita ordens para ele e reza para ser obedecido. Muitas vezes, temos de assistir nosso digimon ser derrotado por outro dez vezes inferior por conta de simplesmente ele ter ficado parado por dez minutos quando o mandamos atacar ou se defender. É triste, mas isso acontece diversas vezes. Não entendo porque a Bandai selecionou esse tipo de jogabilidade, mas é extremamente frustrante e capaz de afastar a grande maioria das pessoas que resolver simplesmente testar o jogo. Um problema seríssimo que já foi concebido errado. Não tem como não se irritar cada vez mais com o problemático sistema de batalha que temos em mão. O que salva a jogabilidade de ser ridícula são as várias opções de interação com nosso digimon, que não podem ser ignoradas, por serem muito interessantes e uma inovação e tanto para o gênero. Por conta de todas essas afirmações, concluo que a Bandai teve um empenho mínimo com a jogabilidade.
● Nota pessoal: 1/5 (Empenho Mínimo)
● Nota pessoal: 1/5 (Empenho Mínimo)
Diversão
Bom, o jogo é frustrante e repleto de problemas, então creio que não tem muito o que dizer acerca da diversão proporcionada, não é mesmo? Mas até que as coisas não são tão ruins assim quanto parecem. Está bem, o jogo é difícil demais para se acostumar, e possui muitos e muitos problemas técnicos que atrapalham o jogo, o que pode afastar os iniciantes e assustar logo de cara. Mas acredite: a coisa vai melhorando conforme se vai pegando o jeito da coisa. Digimon World é um dos daqueles jogos que começa ruim, mas vai se tornando melhor quanto mais se joga. O jogo nunca chega a ser ótimo, mas ele vai se tornando mais e mais divertido e mais interessante quando esquecemos os problemas e passamos um bom tempo cuidando de nosso digimon. Há mini-games interessantes e muita coisa extra para fazer que chama a atenção. Quem decidir levar o jogo adiante não vai encontrar um jogo horrível: dá para curtir um pouco sim. Por isso, afirmo que o empenho da Bandai com o jogo foi, pelo menos, mediano.
● Nota pessoal: 2/5 (Empenho Mediano)
Longevidade
A longevidade é o principal quesito desse jogo. Se você correr o tempo todo, conseguirá fechar esse game em cerca de 10 ou 15 horas. Mas você não conseguirá isso de primeira, a menos que saiba exatamente o que tem de fazer ou siga um detonado, porque o jogo envolve muita ida e volta. E, mesmo que o termine nesse prazo, ainda terá muito, mas muito o que fazer. Porque o jogo possui muito mais do que apenas um jogo simples. Na verdade, o game não possui nenhum final alternativo ou modo de dificuldade, mas, a exemplo de pokémon, vem repleto de extras para manter o jogador jogando. Se os mini-games e o jogo em si não lhe entreterem o bastante, tem muito mais. Você pode tentar recrutar os 50 digimons que há para recrutar. Só isso já irá demandar um bom tempo de você, pois terá de explorar cada cantinho da cidade, conversar com todos, e procurar pelos mais difíceis. Pensa que acabou? Não, tem mais. Você pode, por exemplo, tentar conhecer todos os 61 digimons do qual você pode controlar. Isso exigirá que você alterne padrões de treinamento para tentar ver quais digimons aquele seu pode digivolver. Ou, ainda pode tentar completar a coleção de 66 cartas colecionáveis do jogo. Isso irá demandar ainda mais tempo, pois precisará correr atrás de cartas raras e completar side-quests só para ganhar as cartas mais raras. Mas, se ainda não for o bastante, ainda poderá tentar conseguir todas as medalhas do jogo. Se você ainda não acha que isso é o bastante para passar semanas e semanas a fio jogando esse game, saiba que o jogo ainda possui um interessante modo versus, no qual você pode desafiar um amigo para um duelo digimon. Não é tão viciante quanto o do pokémon, mas chega bem próximo, viu? Enfim, o jogo tem elementos de sobra para manter o jogador interessado no game por muito e muito tempo, não tem como negar. Empenho máximo da Bandai na longevidade do game.
● Nota pessoal: 5/5 (Empenho Máximo)
● Nota pessoal: 5/5 (Empenho Máximo)
Inovação
Convenhamos. A ideia da Bandai de fazer um Pet-Raising RPG não brotou do nada. Pode apostar que a equipe de produção da Bandai se orientou bastante no sucesso carregado pela febre do Pokémon Red and Blue para produzir esse game. Com tantas referências, ideias e muito material para se basear, é de se surpreender com a tentativa da Bandai em ser diferente. A Bandai apostou nos elementos mais fortes de Pet-Raising para atrair os mais jovens, e acabou por criar um jogo bem diferente do que já foi visto até então. Trata-se de um verdadeiro Pet-Raising RPG, com muito mais elementos Pet-Raising do que seu rival, que se focava mais no RPG. É nisso que Bandai acaba por se diferir e tentar atrair um público mais jovem. Sem contar que se trata de algo até então inédito no console Playstation, e um triunfo e tanto para a Bandai. Por mais que as tentativas não tenham acabado tão bem assim, pelo menos podemos afirmar que o empenho da Bandai em ser o mais diferente possível foi excelente.
● Nota pessoal: 4/5 (Empenho Excelente)
Soma Final: 18/30 (Bom)
Em resumo: Digimon World talvez consiga ocupar um espaço no coração dos fãs de Digimon por ser um jogo repleto dos seus personagens favoritos, mas, fora isso... Enquanto um jogo de videogame, Digimon World possui méritos interessantes em alguns quesitos, mas falha miseravelmente naquilo que mais importa: a jogabilidade e a diversão. Trata-se de uma boa ideia, inspirada no gênero que mais atrai pequenos fãs - o Pet-Raising Role-Playing Game - mas pessimamente concebida. Por isso, a tentativa de bater de frente com o sucesso de Pokémon foi um tiro na culatra, infelizmente.
Análises profissionais
O Metacritic não possui uma média para Digimon World.
Detonado em vídeo
Este é o detonado em vídeo de Digimon World. Trata-se do melhor detonado em vídeo disponível para o jogo. Além de completo, mostrando como passar de todos os chefes, mini-games, sude-quests e recrutando todos os digimons, esse detonado ainda está muitíssimo bem editado e em excelente qualidade. Vale a pena conferir. Divirta-se.
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E aí, o que achou desta análise? Curtiu? Deixe-me seu comentário, ou entre em contato comigo pelo e-mail: adm_melhorfinal@hotmail.com ou pelo twitter: @AdmMelhorFinal.
Essa foi a maior bosta que ja li, o jogo é fantástico.
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