Esta é a análise de Prince of Persia: The Sands of Time, lançado pela Ubisoft em 2003 para o Playstation 2.
Introdução
A franquia Prince of Persia nasceu em 1989, como um Adventure bem simples, porém muitíssimo inteligente. Lançado para Apple II e depois levado a diversas versões em outros consoles, o jogo realmente conseguiu encantar o público. O jogo tinha quebra-cabeças bem inteligentes, um combate interessante e possuía atenção aos detalhes. Foi um grande passo adiante para o gênero Adventure (um princípio para o Platformer) e o início de uma franquia. O espírito se manteve intocado nas suas sequências, mas quando a Ubisoft afirmou que lançaria um game da franquia na nova geração, alegando "um novo fôlego para o gênero", os fãs de Platformer sabiam que podiam esperar boa coisa. E então, finalmente pudemos ver um Prince of Persia com uma tecnologia à altura de sua inspiração. Será que o jogo se manteve no mesmo nível de inovação e jogabilidade? É o que veremos no decorrer dessa análise:
PRINCE OF PERSIA: THE SANDS OF TIME
Informações técnicas
Publicado por: Ubisoft
Desenvolvido por: Ubisoft Montreal
Gênero: Platformer
Plataforma: Playstation 2
Data de lançamento: 6 de novembro de 2003
Faixa etária: Teen
Trilha-sonora da análise
Enquanto lê a nossa análise, que tal escutar o áudio que separamos mais abaixo?
Música Welcome to Persia, música tema do jogo, composta por Stuart Chatwood.
Sobre a história (contém spoilers)
A história do game se passa na Pérsia antiga. E muito antiga. Tudo acontece o ano de 617 A.C., para ser mais exato. A história gira em torno de um protagonista conhecido apenas como Prince.
Prince é o filho de um poderoso rei da Babilônia, chamado Sharaman.
Sharaman foi um guerreiro corajoso e imponente antes de se tornar o nobre rei da Babilônia. Sua ganância ilimitada e sua cobiça o levaram a se tornar um rei muito rico e temido. Capaz de fazer alianças com todo tipo de guerreiro e mercenário e de tomar atitudes vis em troca de mais fortuna, ele vive sua vida buscando mais riquezas para poder furtar usando seu poderoso exército.
Prince foi criado pelo rei Sharaman para se tornar seu substituto no poder. Sendo assim, ele foi criado para ser guerreiro, e desde cedo aprendeu a usar a espada. Se tornou um guerreiro muito habilidoso, e, aos 19 anos, era dotado de uma jovialidade, agilidade e perícia de combate invejáveis. Apesar de ele ser mulherengo e sarcástico sempre, é um jovem muito inteligente e bondoso. Ele reconhece que seu pai é um usurpador mercenário, mas se mantém leal a ele apesar de tudo. Apesar de ser rico, ele é muito humilde, do tipo que gosta de conversar com todo mundo, independente do cargo social, e também sabe ter caridade com os pobres. Os anos e anos trafegando pela cidade lhe renderam habilidades incríveis de locomoção, como grande perícia em escalada e saltos.
Um dia, Sharaman decidiu atacar um poderoso marajá da Índia. O marajá tinha muitos itens valiosos, além de alguns artefatos antigos que diziam ser mágicos. Sharaman não iria conseguir resistir a tamanho poder. No entanto, para conquistar o palácio do marajá, ele precisaria de mais do que um plano, afinal, o marajá tinha um exército invejável. Sendo assim, ele criou uma aliança poderosa com o Vizier, o vizir do marajá, que servia como conselheiro dele.
O Vizier trabalhava a serviço do marajá da Índia dando todo tipo de conselhos. Ele mesmo é um traidor nato, já que apenas se aproximou do marajá, vindo de terras distantes, para se aproximar de alguns de seus artefatos mágicos. Ele encontrou, por exemplo, um cajado mágico, chamado Cajado do Tempo, que lhe concedeu muitos poderes especiais. Mas ele queria mais artefatos mágicos, que ficavam trancafiados na sala de tesouros, e para poder consegui-los ele se uniu à ganância do rei Sharaman, da Babilônia.
Sharaman e Vizier se juntaram e traçaram um plano diabólico para trair o marajá. Com a ajuda de Vizier, a tropa de Sharaman conseguiria ter acesso ao interior do palácio, e poderia render os guardas do exército pessoal do marajá sem muito esforço, tornando a invasão mais fácil e com menos risco. Em troca, Sharaman daria a Vizier uma parte do tesouro e dos artefatos mágicos adquiridos. Sharaman aceitou o acordo e então eles rumaram para a invasão. Prince, claro, foi forçado a ir junto.
Durante o ataque, Prince acaba se perdendo dos demais soldados em meio às explosões. Ele acaba indo parar no subterrâneo, e, quando percebe, se encontra na própria sala de tesouros do marajá. Ele consegue adquirir uma adaga especial e mágica, que se chama Adaga do Tempo.
Com essa adaga, Prince consegue o poder de controlar o tempo. Ele é capaz de paralisar o tempo e até mesmo voltar ao passado em questão de segundos, usando esse artefato mágico.
Por fim, Sharaman consegue tomar o palácio do marajá sem muito esforço, como foi prometido por Vizier. Diversas riquezas e tesouros foram apreendidos. Além de muito ouro e prata, havia uma imensa ampulheta dourada com uma areia brilhante em seu interior, chamada Ampulheta do Tempo.
Toda a riqueza foi levada ao reino de Azad, um império que ficava a noroeste da Pérsia. Sharaman queria dividir o tesouro adquirido com o sultão de Azad, apenas conhecido por Sultan.
Sultan era um grande amigo de Sharaman, desde os tempos em que ambos eram guerreiros, e criaram um longo laço de amizade desde então. Sultan ajudou muito Sharaman, o qual tem uma divida muito grande para com ele. Sharaman é leal, e como forma de pagar sua dívida e manter a importante amizade, sempre divide parte do tesouro que consegue em suas conquistar com ele.
Sharaman foi a Azad para dividir parte da fortuna adquirida. Além dos tesouros e da Ampulheta e Adaga do Tempo, ele levou também alguns escravos que conseguiu do palácio do marajá. O Sultan tem um enorme harém à sua disposição, e pode tomar proveito de algumas lindas garotas escravizadas, principalmente a nobre filha do marajá, Farah.
Farah é a única filha do marajá da Índia. Ela foi criada repleta do mais belo luxo e mordomia. Com muitos criados e terras à sua disposição, ela se tornou uma garota forte e determinada. Longe de fazer o tipo mimada, ela é independente e auto-crítica. Uma atleta no auge de seu vigor físico, ela também aprendeu a suar um arco e flecha como hobby. Sua beleza e charme naturais também são inconfundíveis.
Chegando a Azad, Vizier deixou claro que queria sua parte do tesouro, mais especificamente a Adaga do Tempo, encontrada por Prince, e a Ampulheta do Tempo. Sharaman, no entanto, não aceitou o pedido. Ele diz que, como Prince encontrou a Adaga do Tempo primeiro, ele tem o direito de ficar com ela. A Ampulheta do Tempo também deve ser dada de presente ao Sultan, pois é um dos artigos mais valiosos encontrados. Vizier não gosta nada disso. No entanto, o Vizier tem uma ideia, e faz um último pedido: ele pede que Prince use a Adaga do Tempo para destrancar o fecho da Ampulheta do Tempo. Sem saber o que podia acontecer, Prince aceita o pedido. Farah tenta impedi-lo, mas não em tempo de conseguir. Ao inserir a Adaga do Tempo na Ampulheta do Tempo, Prince liberta toda a areia do tempo em toda a Azad, transformando todos em monstros feitos de areia possuídos.
Tudo isso fazia parte do plano diabólico de Vizier. Como ele possuía o Cajado do Tempo, ele era capaz de controlar o tempo e também a areia do tempo, de modo que ele não só não foi transformado em monstro de areia como também tinha poder sobre esses monstros. Com um exército de monstros de areia agora à sua disposição, Vizier manda matar Prince e reaver a Adaga do Tempo, que ele precisa para ser imortal. Prince consegue fugir.
Em meio à sua fuga, Prince reencontra Farah, que não foi transformada em monstro. Ela possui um medalhão de proteção muito antigo, chamado Amuleto do Tempo, que lhe foi dado pela família há anos, e esse medalhão a protege dos efeitos da areia do tempo. Ela nos conta que tentou nos avisar para não destrancar a ampulheta do tempo, já que ela sabia que era isso que iria acontecer. Ela pede a Prince que lhe dê a Adaga do Tempo, mas ele se nega e então sai do local.
Quando Prince reencontra Farah, ela está lutando com o monstro de areia no qual Sharaman se transformou. Prince, para salvá-la, mata o próprio pai. Prince diz que aquele não era seu pai, pois ele estava em forma de monstro. Farah avisa que a areia do tempo irá se espalhara ainda mais com o tempo, e consumir o mundo todo se eles não pararem a ampulheta a tempo. Prince diz que está arrependido, e que quer ajudar a fazer tudo voltar ao normal. Para isso, ele precisa chegar até a Ampulheta do Tempo novamente e trancá-la com a Adaga do Tempo.
Vizier tem a Ampulheta do Tempo, e a levou para uma torre muito protegida, chamada Torre do Crepúsculo. Prince e Farah se unem no objetivo de chegarem até a respectiva torre.
Após muitos perrengues, eles conseguem finalmente chegar até a torre. Ambos conseguem escalar a torre até o topo, ondem reencontram a Ampulheta. No entanto, na hora de finalmente acabar com tudo, Prince hesita. Ele pensa a respeito da lealdade de Farah para com ele. Farah é filha de um homem que foi morto pelo Sharaman. Depois, ela foi sequestrada pelos persas e feita de escrava. E agora, ela quer ajudar um persa a resgatar a paz? Ele desconfia que ela pode estar tentando enganá-lo por algum motivo, e se recusa a obedecer seus conselhos.
Nesse meio-tempo, o Vizier aparece no local e os derruba. Prince consegue reaver a adaga do tempo por pouco, e o uso para conseguir escapar do alcance da magia de Vizier. Ele e Farah vão parar em uma tumba subterrânea escura e apertada. Quando tudo parecia perdido, Farah fala uma palavra mágica que ela ouviu na infância (kakolookiyam), e então uma saída mágica se abre para eles. Seguindo esse caminho misterioso, eles chegam a um lugar mágico.
Aqui, Prince vê Farah nadando nua em uma piscina. Ele tira as roupas e as armas e vai nadar com ela. Não resistindo às tentações sexuais e sentimentais que veio nutrindo por Farah desde o início da longa caminhada, ele se entrega de paixão à bela moça. Ambos se beijam, e transam. Pouco depois, no entanto, Prince desperta. Ele descobre que era tudo um golpe. Ele se vê ainda com as roupas, mas a sua espada e a Adaga do Tempo sumiram.
Prince consegue uma outra espada, ainda mais forte. Percebendo que Farah roubou a Adaga do Tempo para poder parar a Ampulheta do Tempo sozinha, ele tenta segui-la em direção à Torre do Crepúsculo novamente. Subindo ao topo da torre novamente, Farah está lá, com a Adaga do Tempo em mãos. Ela está enfrentando uma horda de monstros, e levando uma sova. Ela acaba sendo derrubada de uma altura fatal, e Prince tenta segurá-la. Prince a segura, mas ameaça cair também, e, para salvá-la, ela se solta. Farah acaba caindo para a morte.
Prince vinga a morte dela matando os monstros. Prince chora a morte de Farah. Enquanto isso, Vizier aparece atrás de Prince, e tenta negociar com ele alguma trégua. Prince o surpreende deixando-o de lado, e, em uma sucessão rápida de movimentos ágeis, escala a Ampulheta do Tempo e a sela de vez usando a Adaga do Tempo. Fazendo isso, ele acaba causando um fenômeno místico: a recapitulação. Quando toda a areia do tempo volta para dentro da ampulheta, todo o tempo também volta.
Prince então se vê muitos dias no passado. Ele se vê ainda na Babilônia, um dia antes da famosa invasão à Índia. Seu pai, todos estão de volta, e se preparando para a invasão. Prince está com a Adaga do Tempo ainda em mãos, e se lembra de todo o ocorrido, mas as demais pessoas não. Ele então tem um plano: impedir que tudo isso aconteça.
Na calada da noite, ele foge do palácio e vai até o palácio do marajá. Invadindo o local, ele se encontra secretamente com Farah, que não se lembra dele e não faz ideia de quem ele seja. Ela ainda era a filha única do marajá. Prince explica tudo para ela, com detalhes: a traição do Vizier, a invasão dos persas, como tudo ocorreu. Ele até mesmo entrega a ela a Adaga do Tempo, como prova de que ele diz a verdade, para que ela a guarde em segurança. Mesmo assim, ela não acredita muito não.
E então, o Vizier aparece novamente. Como ele tem o Cajado do Tempo e o poder sobre o tempo, ele se lembra do ocorrido. E veio acabar com Prince de uma vez por todas. Ambos se enfrentam em uma batalha feroz, e Vizier vai perdendo suas forças pouco a pouco, até ser finalmente derrotado. Farah entende então que o Vizier era realmente um traidor, mas ela ainda não acredita no resto da história de Prince. Ela exige a Adaga do Tempo de volta e pede que Prince vá embora.
Prince fica desapontado por não poder realizar seu sonho e seguir em frente com seu amor por ela. Ele dá um beijo apaixonado nela, mas ela responde com um tapa. Prince então volta no tempo, usando o poder da Adaga do Tempo, para alguns instantes antes do beijo, e então entre a adaga a ela. Ele pede que ela tome conta da adaga, e vai embora. Ela pergunta o nome dele, e ele responde simplesmente kakolookiyam, aquela palavra mágica que ela ouviu na infância dela. E então, acaba a história.
Essa foi a história do jogo. Espero que tenham gostado!
Prince é o filho de um poderoso rei da Babilônia, chamado Sharaman.
Sharaman foi um guerreiro corajoso e imponente antes de se tornar o nobre rei da Babilônia. Sua ganância ilimitada e sua cobiça o levaram a se tornar um rei muito rico e temido. Capaz de fazer alianças com todo tipo de guerreiro e mercenário e de tomar atitudes vis em troca de mais fortuna, ele vive sua vida buscando mais riquezas para poder furtar usando seu poderoso exército.
Prince foi criado pelo rei Sharaman para se tornar seu substituto no poder. Sendo assim, ele foi criado para ser guerreiro, e desde cedo aprendeu a usar a espada. Se tornou um guerreiro muito habilidoso, e, aos 19 anos, era dotado de uma jovialidade, agilidade e perícia de combate invejáveis. Apesar de ele ser mulherengo e sarcástico sempre, é um jovem muito inteligente e bondoso. Ele reconhece que seu pai é um usurpador mercenário, mas se mantém leal a ele apesar de tudo. Apesar de ser rico, ele é muito humilde, do tipo que gosta de conversar com todo mundo, independente do cargo social, e também sabe ter caridade com os pobres. Os anos e anos trafegando pela cidade lhe renderam habilidades incríveis de locomoção, como grande perícia em escalada e saltos.
Um dia, Sharaman decidiu atacar um poderoso marajá da Índia. O marajá tinha muitos itens valiosos, além de alguns artefatos antigos que diziam ser mágicos. Sharaman não iria conseguir resistir a tamanho poder. No entanto, para conquistar o palácio do marajá, ele precisaria de mais do que um plano, afinal, o marajá tinha um exército invejável. Sendo assim, ele criou uma aliança poderosa com o Vizier, o vizir do marajá, que servia como conselheiro dele.
O Vizier trabalhava a serviço do marajá da Índia dando todo tipo de conselhos. Ele mesmo é um traidor nato, já que apenas se aproximou do marajá, vindo de terras distantes, para se aproximar de alguns de seus artefatos mágicos. Ele encontrou, por exemplo, um cajado mágico, chamado Cajado do Tempo, que lhe concedeu muitos poderes especiais. Mas ele queria mais artefatos mágicos, que ficavam trancafiados na sala de tesouros, e para poder consegui-los ele se uniu à ganância do rei Sharaman, da Babilônia.
Sharaman e Vizier se juntaram e traçaram um plano diabólico para trair o marajá. Com a ajuda de Vizier, a tropa de Sharaman conseguiria ter acesso ao interior do palácio, e poderia render os guardas do exército pessoal do marajá sem muito esforço, tornando a invasão mais fácil e com menos risco. Em troca, Sharaman daria a Vizier uma parte do tesouro e dos artefatos mágicos adquiridos. Sharaman aceitou o acordo e então eles rumaram para a invasão. Prince, claro, foi forçado a ir junto.
Durante o ataque, Prince acaba se perdendo dos demais soldados em meio às explosões. Ele acaba indo parar no subterrâneo, e, quando percebe, se encontra na própria sala de tesouros do marajá. Ele consegue adquirir uma adaga especial e mágica, que se chama Adaga do Tempo.
Com essa adaga, Prince consegue o poder de controlar o tempo. Ele é capaz de paralisar o tempo e até mesmo voltar ao passado em questão de segundos, usando esse artefato mágico.
Por fim, Sharaman consegue tomar o palácio do marajá sem muito esforço, como foi prometido por Vizier. Diversas riquezas e tesouros foram apreendidos. Além de muito ouro e prata, havia uma imensa ampulheta dourada com uma areia brilhante em seu interior, chamada Ampulheta do Tempo.
Toda a riqueza foi levada ao reino de Azad, um império que ficava a noroeste da Pérsia. Sharaman queria dividir o tesouro adquirido com o sultão de Azad, apenas conhecido por Sultan.
Sultan era um grande amigo de Sharaman, desde os tempos em que ambos eram guerreiros, e criaram um longo laço de amizade desde então. Sultan ajudou muito Sharaman, o qual tem uma divida muito grande para com ele. Sharaman é leal, e como forma de pagar sua dívida e manter a importante amizade, sempre divide parte do tesouro que consegue em suas conquistar com ele.
Sharaman foi a Azad para dividir parte da fortuna adquirida. Além dos tesouros e da Ampulheta e Adaga do Tempo, ele levou também alguns escravos que conseguiu do palácio do marajá. O Sultan tem um enorme harém à sua disposição, e pode tomar proveito de algumas lindas garotas escravizadas, principalmente a nobre filha do marajá, Farah.
Farah é a única filha do marajá da Índia. Ela foi criada repleta do mais belo luxo e mordomia. Com muitos criados e terras à sua disposição, ela se tornou uma garota forte e determinada. Longe de fazer o tipo mimada, ela é independente e auto-crítica. Uma atleta no auge de seu vigor físico, ela também aprendeu a suar um arco e flecha como hobby. Sua beleza e charme naturais também são inconfundíveis.
Chegando a Azad, Vizier deixou claro que queria sua parte do tesouro, mais especificamente a Adaga do Tempo, encontrada por Prince, e a Ampulheta do Tempo. Sharaman, no entanto, não aceitou o pedido. Ele diz que, como Prince encontrou a Adaga do Tempo primeiro, ele tem o direito de ficar com ela. A Ampulheta do Tempo também deve ser dada de presente ao Sultan, pois é um dos artigos mais valiosos encontrados. Vizier não gosta nada disso. No entanto, o Vizier tem uma ideia, e faz um último pedido: ele pede que Prince use a Adaga do Tempo para destrancar o fecho da Ampulheta do Tempo. Sem saber o que podia acontecer, Prince aceita o pedido. Farah tenta impedi-lo, mas não em tempo de conseguir. Ao inserir a Adaga do Tempo na Ampulheta do Tempo, Prince liberta toda a areia do tempo em toda a Azad, transformando todos em monstros feitos de areia possuídos.
Tudo isso fazia parte do plano diabólico de Vizier. Como ele possuía o Cajado do Tempo, ele era capaz de controlar o tempo e também a areia do tempo, de modo que ele não só não foi transformado em monstro de areia como também tinha poder sobre esses monstros. Com um exército de monstros de areia agora à sua disposição, Vizier manda matar Prince e reaver a Adaga do Tempo, que ele precisa para ser imortal. Prince consegue fugir.
Em meio à sua fuga, Prince reencontra Farah, que não foi transformada em monstro. Ela possui um medalhão de proteção muito antigo, chamado Amuleto do Tempo, que lhe foi dado pela família há anos, e esse medalhão a protege dos efeitos da areia do tempo. Ela nos conta que tentou nos avisar para não destrancar a ampulheta do tempo, já que ela sabia que era isso que iria acontecer. Ela pede a Prince que lhe dê a Adaga do Tempo, mas ele se nega e então sai do local.
Quando Prince reencontra Farah, ela está lutando com o monstro de areia no qual Sharaman se transformou. Prince, para salvá-la, mata o próprio pai. Prince diz que aquele não era seu pai, pois ele estava em forma de monstro. Farah avisa que a areia do tempo irá se espalhara ainda mais com o tempo, e consumir o mundo todo se eles não pararem a ampulheta a tempo. Prince diz que está arrependido, e que quer ajudar a fazer tudo voltar ao normal. Para isso, ele precisa chegar até a Ampulheta do Tempo novamente e trancá-la com a Adaga do Tempo.
Vizier tem a Ampulheta do Tempo, e a levou para uma torre muito protegida, chamada Torre do Crepúsculo. Prince e Farah se unem no objetivo de chegarem até a respectiva torre.
Após muitos perrengues, eles conseguem finalmente chegar até a torre. Ambos conseguem escalar a torre até o topo, ondem reencontram a Ampulheta. No entanto, na hora de finalmente acabar com tudo, Prince hesita. Ele pensa a respeito da lealdade de Farah para com ele. Farah é filha de um homem que foi morto pelo Sharaman. Depois, ela foi sequestrada pelos persas e feita de escrava. E agora, ela quer ajudar um persa a resgatar a paz? Ele desconfia que ela pode estar tentando enganá-lo por algum motivo, e se recusa a obedecer seus conselhos.
Nesse meio-tempo, o Vizier aparece no local e os derruba. Prince consegue reaver a adaga do tempo por pouco, e o uso para conseguir escapar do alcance da magia de Vizier. Ele e Farah vão parar em uma tumba subterrânea escura e apertada. Quando tudo parecia perdido, Farah fala uma palavra mágica que ela ouviu na infância (kakolookiyam), e então uma saída mágica se abre para eles. Seguindo esse caminho misterioso, eles chegam a um lugar mágico.
Aqui, Prince vê Farah nadando nua em uma piscina. Ele tira as roupas e as armas e vai nadar com ela. Não resistindo às tentações sexuais e sentimentais que veio nutrindo por Farah desde o início da longa caminhada, ele se entrega de paixão à bela moça. Ambos se beijam, e transam. Pouco depois, no entanto, Prince desperta. Ele descobre que era tudo um golpe. Ele se vê ainda com as roupas, mas a sua espada e a Adaga do Tempo sumiram.
Prince consegue uma outra espada, ainda mais forte. Percebendo que Farah roubou a Adaga do Tempo para poder parar a Ampulheta do Tempo sozinha, ele tenta segui-la em direção à Torre do Crepúsculo novamente. Subindo ao topo da torre novamente, Farah está lá, com a Adaga do Tempo em mãos. Ela está enfrentando uma horda de monstros, e levando uma sova. Ela acaba sendo derrubada de uma altura fatal, e Prince tenta segurá-la. Prince a segura, mas ameaça cair também, e, para salvá-la, ela se solta. Farah acaba caindo para a morte.
Prince vinga a morte dela matando os monstros. Prince chora a morte de Farah. Enquanto isso, Vizier aparece atrás de Prince, e tenta negociar com ele alguma trégua. Prince o surpreende deixando-o de lado, e, em uma sucessão rápida de movimentos ágeis, escala a Ampulheta do Tempo e a sela de vez usando a Adaga do Tempo. Fazendo isso, ele acaba causando um fenômeno místico: a recapitulação. Quando toda a areia do tempo volta para dentro da ampulheta, todo o tempo também volta.
Prince então se vê muitos dias no passado. Ele se vê ainda na Babilônia, um dia antes da famosa invasão à Índia. Seu pai, todos estão de volta, e se preparando para a invasão. Prince está com a Adaga do Tempo ainda em mãos, e se lembra de todo o ocorrido, mas as demais pessoas não. Ele então tem um plano: impedir que tudo isso aconteça.
Na calada da noite, ele foge do palácio e vai até o palácio do marajá. Invadindo o local, ele se encontra secretamente com Farah, que não se lembra dele e não faz ideia de quem ele seja. Ela ainda era a filha única do marajá. Prince explica tudo para ela, com detalhes: a traição do Vizier, a invasão dos persas, como tudo ocorreu. Ele até mesmo entrega a ela a Adaga do Tempo, como prova de que ele diz a verdade, para que ela a guarde em segurança. Mesmo assim, ela não acredita muito não.
E então, o Vizier aparece novamente. Como ele tem o Cajado do Tempo e o poder sobre o tempo, ele se lembra do ocorrido. E veio acabar com Prince de uma vez por todas. Ambos se enfrentam em uma batalha feroz, e Vizier vai perdendo suas forças pouco a pouco, até ser finalmente derrotado. Farah entende então que o Vizier era realmente um traidor, mas ela ainda não acredita no resto da história de Prince. Ela exige a Adaga do Tempo de volta e pede que Prince vá embora.
Prince fica desapontado por não poder realizar seu sonho e seguir em frente com seu amor por ela. Ele dá um beijo apaixonado nela, mas ela responde com um tapa. Prince então volta no tempo, usando o poder da Adaga do Tempo, para alguns instantes antes do beijo, e então entre a adaga a ela. Ele pede que ela tome conta da adaga, e vai embora. Ela pergunta o nome dele, e ele responde simplesmente kakolookiyam, aquela palavra mágica que ela ouviu na infância dela. E então, acaba a história.
Essa foi a história do jogo. Espero que tenham gostado!
Sobre o jogo
Prince of Persia é um Adventure que puxa para o Platformer. Todos os elementos que tornaram a franquia famosa e idolatrada pelos fãs do gênero estão aqui. O jogo continua sendo simples, inteligente e divertido. E perfeitamente adequado para a tecnologia da geração de consoles de então.
Um bom Platformer tem a obrigação de ter comandos de saltos e de escalada bem simples e eficientes, e isso Prince of Persia cumpre sem problemas. Alguns comandos mais simples de escalada Prince realiza automaticamente, sem que nenhum botão precise ser pressionado. O botão de pulo, no entanto, está presente, sempre que precisar saltar (e precisará muito). Mas o foco do jogo não é bem em saltar, e sim em escalar. Usando R1, o jogador pode realizar um bom número de movimentos. Prince é capaz de se apoiar nas paredes e escalar lugares altos. Ele também tem agilidade suficiente para correr pelas paredes à la Matrix e atravessar longos buracos e obstáculos. Fora que ele é capaz de trepar em colunas, se agarrar em cordas e girar em belas acrobacias em canos horizontais.
Como Prince é capaz de interagir com praticamente todos os elementos do cenário, isso recheia o jogo de liberdade. Cada cenário funciona como um pequeno puzzle: você vê um ponto no qual pretende chegar, e então olha à sua volta procurando por uma forma de chegar até lá. Como quase tudo pode ser usado para ser escalado, a diversidade de formas é realmente um fator muito interessante do game.
A progressão no jogo é direta. O jogo é completamente linear: cada cenário possui uma saída, cabe ao jogador identificá-la e chegar até ela. Geralmente, temos de apertar um botão ou acionar uma alavanca para abrir alguma porta, e assim por diante. Cenas animadas, diálogos e cutscenes vão contando a história e mostrando a evolução do game. De tempos em tempos, encontrará uma luz brilhante que permite ao jogador ter uma visão sobre o que acontecerá a seguir e também salvar o jogo.
Para facilitar o jogador a identificar pontos de interesse, a câmera tem um papel fundamental. O jogador pode manipular a câmera da forma como preferir, pelo livre sistema de manipulação. Além disso, tem a visão em primeira pessoa, que permite ao jogador olhar com mais detalhes na direção que ele quiser. Caso mesmo assim ainda queria ter uma visão mais aprimorada do local, há uma visão especial, chamada de Landscape View, que pode ser acionada a qualquer momento e mostra um ângulo mais distante do local, geralmente permitindo uma visão ampla dos arredores, de modo que o jogador pode alcançar a vista em locais que as visões comuns não chegam. Se tudo isso ainda não for suficiente, o próprio ângulo da câmera tende a focar "pontos de interesse", como alavancas e escadas, indicando ao jogador pistas sobre para onde ele tem que ir.
Prince tem interação total com os objetos do cenário, e isso permite que ele, por exemplo, destrua objetos pelo cenário, como mesas, cadeiras e barris. Também podemos empurrar caixas, mover alavancas e todo tipo de objetos.
E é claro que o caminho não é puro e simples de ser atravessado. Além de buracos diversos e caminhos tortuosos, Prince tem de se livrar de diversos obstáculos. Há um bom número de espetos, lâminas, alçapões, e armadilhas de toda espécie esperando para pegar qualquer transeunte desprevenido. É bom ter paciência e entender o seu redor para poder passar por todos esses desafios. Não é nada que seja muito difícil, mas exigirá um bom "timing", principalmente quando tiver um tempo cronometrado para passar por armadilhas em sequência. Como o jogo possui diversos checkpoints, não há qualquer problema.
Para tornar bem mais fácil passar por esses obstáculos, o jogo traz uma coisa bem legal: o controle sobre o tempo. Após Prince adquirir a Adaga do Tempo, ele se torna capaz de literalmente controlar o tempo. Errou um pulo e caiu no buraco? Sem problemas, com o pressionar de um botão tudo volta no tempo, e você pode voltar a um momento antes de cair no buraco, tendo assim uma segunda chance de fazer direito. É simplesmente sensacional e abre um leque completamente novo de opções.
Mas é claro que esse poder não é ilimitado. Há uma barra especial de areia mágica que vai se desgastando cada vez o usa. Quando ela acabar, a Adaga do Tempo não poderá mais ser usada. Você adquire mais areia mágica ao derrotar inimigos ou ao encontrar repositórios de areia pelos cenários.
Prince perde vida, que é demonstrada por uma barra no alto da tela o tempo todo. Para recuperar a vida, Prince deve beber água. Pode ser qualquer água: assim que passar por uma poça d'água que seja, trate de tomar um gole. Há muitos poços e fonte de água disponíveis pelas fases.
Explorar o cenário é fundamental. Além de apenas descobrir para onde tem de ir, explorar bem cada cantinho do cenário pode ser muito recompensador. Há muitos repositórios de areia mágica (Sand Fields) pelo cenário, e, ao encontrar uma determinada quantia deles, o estoque total de areia mágica vai aumentando. Além disso, espalhado pelo game há passagens secretas que levam a uma fonte de água mágica (Fountain of Life). Essa fonte mágica aumenta a barra de vida de Prince. Fora isso, há ainda alguns itens e extras secretos a serem desvendados, como por exemplo uma passagem escondida que desabilita o game Prince of Persia original (o de 1989). Enfim, há muito o que explorar, e os jogadores que tiverem um olho mais atento se darão bem.
Enquanto avança pelo cenário e vai escalando coisas e pressionando alavancas, aparecerão inimigos para enfrentar. Algumas vezes, poderá ignorar os inimigos e apenas seguir em frente, fugindo da batalha, mas na maioria das vezes o jogo exigirá que enfrente os oponentes. Os comandos de combate foram aprimorados e estão muito bem pensados. Prince entra em "estado de batalha" ao sacar a sua espada, e então todos os comandos de exploração são substituídos por comandos de batalha. O jogador pode guardar a espada a qualquer momento, podendo assim usar os comandos de exploração novamente, mesmo que haja inimigos pelo cenário. Após derrubar o oponente, Prince precisa fazer um golpe de misericórdia para matá-lo.
Em batalha, Prince possui uma versatilidade de movimentos enorme. Ele é capaz de golpear com a espada, fazer combos de diversos hits, intercalar diversos oponentes nos combos, dando golpes em cada um de cada vez em movimentos coordenados. Essa habilidade é sem dúvida muito interessante, mas Prince possui ainda um número de golpes especiais. Ele pode se defender e contra-atacar rapidamente. Ele pode saltar sobre um oponente, pegando-o desprevenido pelas costas. Ele pode usar a parede como apoio para saltar sobre os oponentes, ou como impulsão para desferir um violento golpe à meia altura.
Há ainda alguns golpes especiais que fazem uso do poder mágico da Areia do Tempo. Há um poder que simplesmente paralisa todos os oponentes ao redor por alguns segundos, nos dado tempo suficiente para nos livrarmos de alguns deles. Há outros poderes, como um que transforma o inimigo em areia (podendo ser morto em um golpe) e um contra-golpe especial em câmera-lenta que é fatal. Esses golpes, no entanto, consomem areia mágica, mas não chega a fazer tanta diferença, já que matar inimigos usando golpes de misericórdia preenchem um pouco de areia mágica de qualquer forma.
Enfim, o jogador possui diversas formas de golpear seus inimigos, o que vem a calhar, já que os inimigos possuem estilos de luta diferentes. Há uma pequena variedade de oponentes para enfrentar, e cada um possui fraquezas e vantagens. Os soldados menores tendem a ser os mais frágeis e são suscetíveis a qualquer tipo de golpe. Já os que usam lança geralmente não permitem saltos sobre ele, e costumam contra-golpear com facilidade. Os grandões geralmente defendem-se bem da maioria dos golpes, mas permitem ataques pelas costas com alguma facilidade. Enfim, cada inimigo possui um tipo de golpe que funciona melhor, então conhecer a fraqueza dos oponentes e variar nos golpes pode fazer uma diferença em alguma batalha mais complicada, no qual aparecem vários e vários oponentes.
Após algum tempo de jogo, Prince recebe a ajuda de Farah, que fica à distância usando o arco. Ela ajuda bastante em algumas lutas, pois seu tiro de arco pode nocautear um oponente mais fraco com apenas um disparo. Mas saiba que ela também tem sua própria barra de vida, e poderá ser facilmente dominada se estiver cercada por inimigos. Como cabe a você protegê-la, jamais saia de perto dela, e a proteja para evitar que o pior aconteça. Prince e Farah devem trabalhar em conjunto.
Há algumas lutas contra chefes também no game. Os chefes são oponentes com quantidades enormes de vida, e geralmente são imunes a alguns tipos de golpes. Algumas lutas contra chefes podem ser realmente complicadas, e exigirem muita paciência e técnica com os comandos de luta. Principalmente quando os chefes vierem acompanhados de hordas de inimigos.
Também não poderia faltar no game os puzzles. Há diversos puzzles espalhados pelo jogo, necessários para se avançar na história. Esses puzzles irão exigir uma boa capacidade de raciocínio e atenção. São puzzles variados e inteligentes. Caso fique perdido, o próprio Prince começa a resmungar dicas sobre o que tem de ser feito apenas alguns minutos, caso fique realmente perdido. Farah também irá contribuir em alguns puzzles, já que ela é capaz de passar por frestas e buracos na parede, coisa que Prince não consegue. Isso permite aos dois trabalharem em conjunto, e isso será necessário para avançar no game.
Inclusive, é interessante ressaltar a interação de Prince com Farah. Como o relatar a história é feita pelo próprio Prince, sempre sabemos o que ele é pensa sobre os acontecimentos. E há diálogos constantes entre Prince e Farah, sobre os mais diversos assuntos, enquanto eles prosseguem juntos pelo game, e isso ajuda a criar um vínculo muito bom do jogador com os personagens, além da sensação de imersão que é causado por estarmos sempre presenciando essas cenas, sejam elas tristes, cômicas, surpreendentes, amorosas ou mesmo assustadoras.
Conforme prosseguimos no game, o jogador vai evoluindo bastante. Ele vai adquirindo novas espadas, que deixam Prince mais forte (a última espada chega a matar inimigos com apenas um golpe), e os desafios vão ficando cada mais difíceis, assim como as lutas contra hordas de numerosos inimigos. Mesmo assim, a evolução do jogo é boa, e a curva de dificuldade é bem amigável, permitindo que o jogador vá sentindo o aumento na dificuldade aos poucos. Isso permite que ele se acostume com o jogo rapidamente e não se sinta muito frustrado quando "o bicho começar a pegar".
Prince of Persia possui de 8 a 10 horas de jogo, o que é bom, e apenas um final. Ao fechar o jogo, não resta muito mais o que fazer, já que o jogo não possui modo de dificuldade, ou qualquer coisa assim. Não há muitos motivos para se jogar o game mais uma vez, a menos que queira procurar por itens que possa ter deixado para trás, encontrar mais Sand Fields e Fountains of Life, por exemplo. O jogo também não tem multiplayer. Para incrementar a longevidade do game, foram incluídos alguns extras interessantes. Cenas e imagens especias na galeria são disponibilizados depois de se fechar. Podemos liberar também, durante a aventura, o game Prince of Persia original, de 1989. Ele está completo e pronto para jogar, contanto que o desabilite em uma sala secreta. Trata-se de um extra bem interessante, sem dúvida. Há ainda uma fase do Prince of Persia original remasterizada em 3D para os fãs mais ávidos.
Minha análise do jogo
Gráficos
Graficamente, Prince of Persia: The Sands of Time é impressionante. O jogo apresenta uma identidade artística única, com toda a identificação de design de cenários e de personagens com a antiga Pérsia. Todo o cuidado com os cenários 3D do jogo surtiu resultados incríveis, e o jogo está realmente à altura de jogos lançados no mesmo período. O que torna o game ainda mais impressionante são os efeitos especiais que foram incrementados no game. A tecnologia do Playstation 2 foi muito bem usada na criação de efeitos especiais dedicados ao jogo, como a paralisação do tempo, a volta no tempo, os ângulos de visão especiais e a movimentação em câmera lenta à la Matrix. Os efeitos especiais são a cereja no bolo, e criam um aspecto visual muito gratificante ao game. Além disso, os cenários do jogo são imensos e se comportam muito bem, com bons efeitos de iluminação, de fogo e de água, e com direito a podermos ver coisas acontecendo ao redor. Enquanto caminhamos pelo cenário, vemos explosões ocorrendo em outros locais, ruínas caindo ao redor conforme nos movemos, e, especificamente em cenários abertos e amplos, podemos ver ao longe (através das visões panorâmicas) e ver que foi dado atenção até mesmo ao que ocorre lá ao longe. Isso dá muito realismo à cena. Sem contar com o efeito especial de tecidos que se movem ao vento, transparência de ambientes, efeitos de névoa e até mesmo a luz brilhando ao passar por uma janela entreaberta. Os personagens do jogo também receberam atenção, tanto Prince e Farah quanto os inimigos, e foram bem modelados. Não são um show à parte, mas cumprem seu papel muito bem, e deixam o jogador livre para olhar em volta, para os cenários. Enfim, o jogo conseguiu unir uma beleza artística como pouco se vê com efeitos especiais também pouco vistos, o que é uma raridade nos dias de hoje. O empenho com os gráficos do game foi máximo.
● Nota pessoal: 5/5 (Empenho Máximo)
Som
Prince of Persia traz um ritmo de música bem lento na maioria das vezes, principalmente durante os puzzles. A ideia é não distrair o jogador e deixar que ele pense, mas ao mesmo tempo as músicas são bem legais e temáticas, lembrando bem as composições baseadas no estilo indiano e persa. Quando entramos em batalha, aí a música fica bem mais frenética e moderna, com direito a riffs de guitarra e bateria, dando mais adrenalina aos combates. Tudo isso foi ideia de Stuart Chatwood, da banda canadense The Tea Party, que foi escolhido para ser o compositor do game. Mas o foco do jogo mesmo fica para a dublagem, que está realista, funcional e muito cômica. Há muito diálogo no jogo, e a interpretação do ator que dublou Prince merece destaque. Seja nos diálogos engraçados entre ele e Farah ou mesmo no seu monólogo interior, no qual ele desabafa, conta piadas e faz comentários às vezes esdrúxulos, mas que se encaixam com o game, como por exemplo quando ele fala "ela [Farah] acha que isso aqui é videogame". Há momentos em que Prince realmente fala com o jogador, como, quando você aperta START, ele comenta: "posso continuar?" ou, quando ele cai em um buraco e fala "não, não, isso não aconteceu, vamos tentar de novo". Essa interação de Prince com o jogador ficou bem interessante. Para finalizar, os efeitos sonoros do jogo, como o som de água, explosões e golpes de espada, por exemplo, estão também de primeira qualidade. O empenho da Ubisoft Montreal com a parte sonora foi máximo.
● Nota pessoal: 5/5 (Empenho Máximo)
Jogabilidade
Prince of Persia possui comandos refinados para um Adventure. O jogo se divide em dois modos: exploração e combate. Para a exploração, Prince possui comandos simples e básicos, que lhe permite escalar, explorar e interagir com o cenário de diversas formas diferentes de forma muito rápida e intuitiva. Com poucos botões, podemos subir uma parede, pular em uma pilastra, pular de volta para a parede, pegar impulso para mais um pulo e alcançar um parapeito, e então saltar sobre uma corda e por aí vai. É claro que alguns movimentos mais complicados (como, por exemplo, a sequência de pulos rápidos usada para escalar um vão entre duas paredes próximas) podem levar mais tempo, mas no geral não há movimentos complicados. E, para o combate, os comandos também são bem simples e funcionais. Prince possui uma gama de movimentos razoável, podendo golpear, intercalar golpes, contra-golpear, defender, esquivar, saltar sobre os inimigos e ainda usar o cenário à seu favor nas lutas. Tudo de maneira funcional e com poucos botões, o que torna as lutas divertidas e dinâmicas. O jogo é intuitivo e inspira o jogador a buscar usar todos os movimentos e habilidades do herói versátil. A jogabilidade ficou bem refinada, e tudo indica que o empenho da Ubisoft Montreal teve com a jogabilidade foi máximo.
● Nota pessoal: 5/5 (Empenho Máximo)
● Nota pessoal: 5/5 (Empenho Máximo)
Longevidade
Prince of Persia é um Adventure, e isso abre margem para muita exploração. O jogo pode não ser lá muito longo, mas possui cenários grandes e repletos de detalhes e segredos que podem ser revelados. Jogadores mais apressados podem seguir sempre em frente e fechar o game rapidamente, porém os jogadores mais cautelosos irão querer explorar canto cantinho do jogo com mais atenção, e serão recompensados com itens escondidos, passagens secretas e extras. Esse diferencial pode fazer com que um jogo de 8 a 10 horas passe a ter de 10 a 12 horas de jogo. Ainda pode parecer curto, e de fato é. No entanto, o jogo é denso, do tipo no qual a ação não para nunca. É uma troca constante de combates com exploração, em uma sucessão que faz com que o tempo de jogo seja bem usado. O game passa bem rápido, mas é o típico jogo que serve como experiência apenas na primeira vez. Após fechar o jogo, o jogador fica sem muitas opções para querer jogar novamente, a não ser tentar descobrir itens e passagens secretas que possa ter deixado para trás. Não há outros modos de dificuldade, não há um novo modo de jogo, não há simplesmente nada que anime o jogador a querer jogar o game novamente. Há uns extras interessantes pós jogo, como algumas imagens da produção e o jogo Prince of Persia original, mas é só isso. Muito pouco para justificar um tempo prolongado com o game. Apesar de ser um excelente game, ele é curto e não há muitos fatores que recomendem que feche novamente ou continue jogando após fechar pela primeira vez. Eles poderiam ter feito melhor que isso. O empenho da Ubisoft Montreal com o game foi considerável.
● Nota pessoal: 3/5 (Empenho Considerável)
Inovação
O gênero Adventure vinha pedindo por renovações. Desde Super Mario 64 e a ascensão do 3D no campo dos Platformers, não tínhamos grandes inovações. Diante de tantas perspectivas e de antigas séries caindo cada vez mais no "mais do mesmo", esse Prince of Persia veio bem a calhar. A mesma franquia que revolucionou o gênero Adventure mais de década atrás voltou e revolucionou o gênero mais uma vez. Esse game mostrou que os Adventures de hoje podem ser muito mais do que já são, podem usar muito melhor a tecnologia mais recente e oferecer muito mais coisas. A Ubisoft prometeu "um novo fôlego para o gênero" e cumpriu com maestria, é um dos melhores e mais inovadores Platformers dos últimos tempos sem sombra de dúvida. Prince of Persia trouxe o seu estilo único e inconfundível de puzzles dos primórdios dos games para uma época atual e carente. Mais do que apenas remasterizar o que sempre fez, ela se atualizou, modernizou e foi bem mais além, trazendo coisas novas e até então impensadas. Ela fez com que os gamers realmente voltassem a curtir os puzzles inteligentes de outrora, e sentissem o prazer de explorar cenários imensos e repletos de armadilhas. Reformulou um gênero que já estava ficando esquecido e se tornou a mais nova referência, um exemplo a ser seguido. A Ubisoft Montreal teve um empenho máximo com a inovação desse game.
● Nota pessoal: 5/5 (Empenho Máximo)
Diversão
Prince of Persia é um Adventure moderno, mas à moda antiga ao mesmo tempo. O jogo é completamente linear, de modo que o jogador é sempre direcionado ao único caminho possível e orientado a procurar por alavancas ou botões que lhe permitam seguir em frente. Os cenários são vastos e o jogador tem de interagir com ele de diversas formas para avançar, seja escalando coisas, se pendurando em ruínas ou passando por obstáculos e armadilhas. É uma simples questão de percepção, de entender o que precisa ser feito e bolar um plano para se chegar até lá. É como se cada cenário fosse um puzzle a ser resolvido. E também tem os puzzles maiores, que exigirão mais tempo e mais atenção, mas são sempre lógicos. Jogadores mais acostumados com o gênero poderão resolvê-los tranquilamente, mas os gamers mais casuais poderão recorrer à "tentativa e erro", que também funciona. Os combates também marcam presença constante no game, e são uma bela "quebra" entre os momentos de puzzles pensativos. O jogo sempre intercala os momentos de puzzle com combates frenéticos, e isso dá um clima muito interessante ao game. Fora que a curva de aprendizado do jogo é excelente, de modo que o jogo vai ficando constantemente mais difícil, mas nunca ultrapassando o limite de razoável, de modo a se tornar frustrante ou fácil demais. É um jogo fluido, divertido e viciante, que prende o jogador à história e ao clima intenso do começo ao fim. O empenho da Ubisoft Montreal com a diversão foi máximo.
● Nota pessoal: 5/5 (Empenho Máximo)
Soma Final: 28/30 (Excelente)
Em resumo: Prince of Persia é um game incrível. Uma obra-prima que realmente veio para acrescentar e muito para o gênero. Desde Super Mario 64 o gênero Platformer vinha aguardando um jogo que desse novos ares, que revivesse o sentimento clássico de exploração. Assim como o Prince of Persia reinventou o gênero em tempos atrás, Sands of Time conquistou o mesmo efeito nessa geração, trouxe diversos novos elementos para o gênero e marcou o nome da franquia novamente entre os clássicos instantâneos. Recomendado a todos, principalmente os que amam games Platformer e amantes de uma boa aventura.
Análises profissionais
A média pela Metacritic para Prince of Persia: The Sands of Time é 92/100.
Detonado em vídeo
Esse é o melhor detonado em vídeo disponível na internet para esse game. Ele é completo, e mostra como passar por todos os desafios e puzzles do game. Ele também mostra como conseguir todas as fontes e itens secretos. O vídeo ainda está com excelente qualidade de som, imagem e edição. O vídeo foi gravado no PC, mas todas as características permanecem inalteradas nas demais versões. Vale a pena conferir:
Parte 1
Parte 2
Parte 3
Parte 4
Parte 5
E aí, o que achou desta análise? Curtiu? Deixe-me seu comentário, ou entre em contato comigo pelo e-mail: adm_melhorfinal@hotmail.com ou pelo twitter: @AdmMelhorFinal.
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